Conservemos firmes a nossa confissão

“Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” (Hb 4.14).

A autoria da carta aos Hebreus é apontada por alguns como paulina, mas não há consenso entre os estudiosos de que fora o apóstolo dos gentios quem a escreveu. Certamente é um precioso texto canônico, portanto, Palavra de Deus, escrita por um servo consagrado seu, dirigida aos “hebreus”, cristãos judeus que estavam dispersos pelo mundo gentílico daquela época.

O principal assunto da carta é o sumo sacerdócio de Jesus, como por ele se cumpriu os sacrifícios e o sacerdócio estabelecidos na lei de Moisés. É deste modo que começa o versículo que foi lido inicialmente, afirmando Jesus como o grande sumo sacerdote.

Após, ele traz uma importante exortação ao povo de Deus: “conservemos firmes a nossa confissão”. A qual confissão o autor de Hebreus se refere? Aquela confissão de fé que fizemos publicamente, portanto conhecida pelas pessoas, de que vivendo na situação de pecadores condenados à morte, Jesus Cristo veio a este mundo, morreu em nosso lugar para nos dar a certeza da vida eterna em seu nome. Que esta graça nos alcançou e agora vivemos uma vida de gratidão e devoção a Deus. Esta é a condição maravilhosa que passamos a viver desde a nossa confissão e que sustentamos até os dias atuais.

Não podemos, porém, ignorar as dificuldades enfrentadas em viver a vida de um salvo. No versículo seguinte (v.15), o texto bíblico fala das nossas fraquezas que nos tentam. A vida cristã é a nova vida a qual Deus nos concedeu graciosamente, e sustentá-la diariamente implica em um enfrentamento constante com o estilo de vida mundano que já foi nosso padrão de vida e ainda é o do presente século. Por isso a exortação do autor aos Hebreus de que nossa confissão seja conservada firmemente. E podemos ter certeza de que vamos ser vitoriosos sempre que nos empreendermos nesta luta, pois a garantia da nossa vitória é Jesus Cristo, que em tudo foi tentado, mas não pecou. Na sua graça e misericórdia sempre encontraremos socorro divino para os momentos que mais necessitarmos.

Irmãos e irmãs, o nome de Cristo nos designa quando somos chamados de cristãos. Não é momento apenas para sustentar nossa religião, mas, sobretudo, é o tempo oportuno para conservar firme nossa confissão de fé perante o mundo em que vivemos, lutando sem desistir, certos de que a vitória será nossa porque nosso Deus, na sua graça e misericórdia no-la concederá.