“O cristão é o senhor mais livre de todos e não está sujeito a ninguém; o cristão é o servo mais obediente, e está sujeito a todos” (Marinho Lutero).
Liberdade de expressão, um dos pilares de sobrevivência de uma democracia, é o direito de todo cidadão dizer, ter opinião, pensar e acreditar em qualquer coisa. Tal liberdade, no entanto, não significa que tudo seja permitido. Calúnia e difamação de outro cidadão, incitação à violência e ao ódio racial, entre outras, são consideradas abusivas pelas autoridades que protegem a constituição de um país, pois rompem criminalmente a barreira do dever de todos em proteger a vida e dignidade uns dos outros.
Como cristãos, precisamos estar atentos para não agir e falar com irresponsabilidade, que é usar da nossa liberdade sem pesar as consequências do que fazemos ou falamos, ou, se pesadas, mesmo assim avançarmos para o desrespeito do dever cristão para com Deus e o próximo. Incentivo para isso não nos falta, pois nossa própria carne, afetada pela corrupção do pecado, se encarrega de nos testar constantemente.
Ciente disso, é que o apóstolo Pedro nos exortou:
“Amados, peço a vocês, como peregrinos e forasteiros que são, que se abstenham das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, tendo conduta exemplar no meio dos gentios…” (1 Pe 2.11-12a).
E logo adiante ele completa seu ensinamento:
“Como pessoas livres que são, não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; pelo contrário, vivam como servos de Deus. Tratem todos com honra, amem os irmãos na fé, temam a Deus e honrem o rei” (1 Pe 2.16-17).
A maior liberdade é aquela vivida por aqueles que andam com Deus, pois foram libertos do pecado. Mas, como tudo quanto aumenta a liberdade aumenta a responsabilidade, que grande responsabilidade é essa de passar a ser servo de Deus para servir ao seu próximo!
Na liberdade em Cristo, com muita responsabilidade, mostremos o caminho da Verdade a todas as pessoas, para glória de Deus, a quem servimos.